domingo, 18 de dezembro de 2011

Grunge Scream - Pearl Jam novamente em Curitiba

Os paranaenses conferiram, pela segunda vez, uma das mais influentes bandas grunges que ainda restam desde os anos 90: a grande PEARL JAM. O show aconteceu no Estádio do Paraná Clube, ou Estádio Durival Britto e Silva, no dia 09 deste mês, em comemoração aos 20 anos de banda. 

Alguns dias antes, quem passava perto do local já observava a imensa estrutura planejada para o evento. Um palco de 400 m² de área coberta, 20 camarins e salas de produção. De acordo com o site Paraná Shop, foram mais de 300 toneladas de som e luz, cumprindo as exigências da produção. Além disto, dois telões de 300", que realizaram transmissão simultânea, com imagens captadas por câmeras digitais e foram mais de 800 profissionais envolvidos no espetáculo. Obviamente, que o resultado não poderia ter sido outro além de um som de muita qualidade e uma apresentação esplendorosa.

VEJA GALERIA DE FOTOS DO SHOW

A banda de abertura responsável foi a X (The Band), indicada pelo próprio Pearl Jam. Proveniente da Califórnia, a mistura de hard rock, punk e country deixou o público no ponto para receber a banda principal.

Eddie Vedder no vocal e guitarra, Mike McCready e Stone Gossard, nas guitarras, Jeff Ament, no baixo, e Matt Cameron, na bateria. São integrantes da banda proveniente de um dos maiores cenários do grunge, a cidade de Seattle. 

Com aproximadamente 2 horas e 40 minutos de show, o publico ficou extasiado e encantado, principalmente devido aos apogeus que o show nos proporcionou. Com um set list muito bem elaborado e equilibrado, a banda conseguiu transparecer muitas emoções e afetar a todos os presentes.

Musicas de grande repercussão como “Alive”, “Black”, “Jeremy”, “Even Flow” além de mais antigas, covers como de “Joe Strummer & The Mescaleros”, “The Who” e “Holland-Dozier-Holland”, além de músicas mais recentes como por exemplo, as do álbum “Backspacer” de 2009(The Fixer, Got Some, Unthought Known, Just Breathe...), e algumas da trilha sonora do filme“Into the Wild”, deixaram a todos num estado de prazer vivíssimo, causado por uma grande admiração. 

Iniciando com “Go”, e passando por músicas excelentes e lindas como “Given to Fly”, “Setting Forth” e “World Wide Suicide”, a banda causou sensações inexplicáveis de euforia e tranqüilidade no mix de ritmos e velocidade das músicas. Eu mesma não consegui ficar parada por muito tempo, e acompanhei a “vibe” proporcionada por eles. Foi fantástico!

Alguns detalhes como o solo de “Even Flow” (tocado por Mike com a guitarra nas costas), Eddie tomando cerveja e se escorando pelos cantos enquanto “World Wide Suicide” entusiasmava ainda mais o público, muitos balões amarelos e vermelhos agitados ao som de “Once”, que até mesmo Mike pegou pra balancear enquanto dedilhava na guitarra, foram características essenciais para que o show fosse distinto, marcante, diferente dos demais apresentados aqui no Brasil. 
 

Alguns fãs emocionados me viram com a caderneta, anotando particularidades, e pediram para descrever o seguinte fato: Este foi o único show em que Eddie desceu do palco para apertar a mão de todos os que estavam sofrendo nas grades. (Meninos, eu cumpri minha palavra!)

De fato, o carinho de Eddie por todos era minuciosamente notável. O vocalista se preocupou inclusive em demonstrar a afetividade lendo um texto em português, com frases de afago, como: “nós cuidaremos bem de vocês esta noite!”. Sem contar que o discurso de “Obrigado!” e as lágrimas após a breve introdução de “Black” demonstraram o abalo moral que Curitiba causou no afetuoso vocalista. Os instrumentos, palhetas, baquetas, pandeiros, beijos, todos foram jogados aos alucinados fãs que conquistaram o espaço mais próximo do palco.

A lua cheia esplendorosa complementou o clima do espetáculo, o que me deu a mesma impressão moral ao ver a bandeira do Brasil pendurada nos teclados (presente de um dos queridos fãs...). Logo após “Porch”, que sinalizou o começo do primeiro encore, deu a sensação de que aquilo não bastava como recordação à todos. Então, de forma unânime, (incluindo o pessoal da arquibancada, que muitas vezes se acomodou com as cadeiras e não demonstrou grande animação), todos convocam o retorno da banda gritando abusivamente o clássico “olê! olê! olê! olê! Peral Jam, Pearl Jam!...”

Eis que Eddie retorna, dedicando “Just Breath” a um dos seus melhores amigos no Brasil. “Desta vez vou falar em inglês, pois o português ficou realmente uma bosta!” diz ele. Encerrando este encore com a belíssima “Jeremy”, todos resolvem sair e realmente se afastaram como uma despedida. Se eu não tivesse realizado uma pesquisa anterior a apresentação, realmente teria acreditado.

No segundo encore, iniciado com “Better Man”, permeado por “Once”“Alive" e um elaboradíssimo cover do “The Who” com “Baba O’Riley", o show encerra com “Yellow Ledbetter”.

O que dizer deste show, resumidamente? Somente concluo que este foi um espetáculo para ser degustado. A banda causa muita emoção, pensa em todos os detalhes para que o show reúna todas as qualidades e seja impecável. Foram muitas homenagens, muitos casais se beijando na pista, um grande show de luzes que atingiu até mesmo os prédios que estavam distantes do estádio. Não foi a toa que o público participou com muita força, de forma muito intensa e considerável.

Sendo um pouco mais conveniente ainda, o estádio possui toda a capacidade para recepção de uma banda grande como esta. Uma boa alternativa, enquanto nossa querida “Pedreira” não retorna a ativa. Esse show foi genial, fabuloso, fenomenal! Uma ultima colocação: Que o retorno seja breve!

Setlist
"Go"
"Arms Aloft" (Joe Strummer & The Mescaleros cover)
"Animal"
"Olé"
"Why Go"
"Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town''
"Corduroy"
"Given To Fly"
"Dissident"
"The Fixer"
"Even Flow"
"In Hiding"
"Setting Forth" (Eddie Vedder)
"Not For You"
"Red Mosquito"
"Got Some"
"World Wide Suicide"
"Porch"

Encore 1
"Just Breathe"
"Off He Goes"
"Unthought Known"
"Breath"
"Supersonic"
"Black"
"Jeremy"

Encore 2
"Better Man"
"Leaving Here" (Holland-Dozier-Holland cover)
"Footsteps"
"Once"
"Alive"
"Baba O’Riley" (The Who cover)
"Yellow Ledbetter

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